domingo, 13 de dezembro de 2009

O caminho do colégio.

Passei minha infância vendo o mar duas vezes ao ano, nas férias dos meus pais, em julho e janeiro. Morávamos no interior de Minas e passávamos as férias no Espírito Santo, Iriri, meus pais tinham uma casa lá. Era uma delícia! Janeiro tínhamos aquele verão cheio de sol e as noites quentes, já em julho era aquele mar de águas mais frias e noites de vento. As estações mantinham suas temperaturas como realmente eram.
Hoje, conversando com minha filha, eu disse a ela que vou passar o mês de Janeiro indo ver o mar todos os dias.
Moro a três quadras da praia de Copacabana e a três quadras da praia de Ipanema, quase sempre só vejo o mar nos fins de semana. Durante a semana quando sinto saudades de olhar a paisagem, caminho para o meu consultório pela Avenida Atlântica, ou tiro algum tempo pra dar uma volta de bicicleta pela orla de Ipanema.
Diante da vida corrida e tantos afazeres, a minha disponibilidade real é somente nos fins de semana.Minha filha olhou pra mim, com aquela cara de carioca que ela sabe que tem, e disse:
-Eu tenho a maior sorte, minha van vai pela orla, todo o dia eu vou para o colégio pela praia de Copacabana.
Não dá pra reclamar da vida, não é mamãe?

2 comentários:

Adriana ♣* disse...

Que lindo, Denise!
Somos um povo (ainda) abençoados com a natureza do Brasil.
Mas o Rio é especial!
Com certeza ter a oportunidade de olhar em qualquer direção que se vá e agradecer por estar/viver nesse lugar...
É uma grande dádiva!
Apesar de todos os contrastes, espero que todos possam dar valor, e SEMPRE olhar para TUDO ISSO, como se fosse a primeira vez...
Porque cada instante faz nosso olhar e nosso coração enxergar como a primeira vez...
Beijos
Adriana*

Unknown disse...

Denise
A Júlia é mesmo uma garota de sorte, esse ser o "caminho da roça" é uma benção.rsrs
Quem conhece a peça, sabe a carinha dela contando essa história.
Um beijo pra vocês.
Flávia