terça-feira, 30 de junho de 2009

“Sofremos tanto pelo tão pouco que não temos, que gozamos pouco da imensidão daquilo que possuímos…”Shakespeare

Paraty -Flip

O evento, que acontece entre os dias 1 e 5 de julho em Paraty, terá a participação de 75 escritores de várias partes do Brasil e do exterior, além de músicos, atores, artistas plásticos, blogueiros, radialistas, jornalistas e demais amantes da literatura. Destaques da OFF FLIP 2009: Luiz Ruffato, Guiomar de Grammont, Antonio Carlos Secchin; no Café Literário releitura da obra de Manuel Bandeira, palestra e debate: “Nos passos de Bandeira”, Profundamente Bandeira, Vivências Banderianas e a literatura na web; a Festa de lançamento do projeto de rádio digital literária Lettera Libris; o poeta paratiense sucesso no Festival de Poesia de Havana/Cuba Flávio de Araújo; a biografia de Nara Leão; o livro de poesias sobre a Estrada Real da autora mineira Ângela Leite; o sarau/projeto Arte em Andamento; o lançamento do livro “Clube da Leitura: modo de usar”, na Festa do Sebo Baratos da Ribeiro; a poesia maloqueirista; o recital com o grupo Ratos di Versos; a Ciranda Poética; a ÓperaRua; a palestra do historiador Clovis Bulcão sobre Antonio Vieira; a exposição do artista plástico e cenógrafo Marcos Irine; o encontro das comunidades Quilombola e Indígena com a Secretaria Especial de Direitos Humanos em torno do lançamento de seus livros; no novo espaço Silo Cultural o lançamento do livro, CD e DVD sobre a cultura caiçara, exposição de fotos, vídeos e culinária típica; o show de Luiz Perequê e convidados; a peça de teatro ‘Palavras na Brisa Noturna”, baseada na obra de Xinran Xue; a Mesa sobre literatura lésbica; o Movimento de Gastronomia Sustentável; o lançamento do livro “Brazilian Table”, de Yara Roberts; a cultura quilombola com jongo e degustação de culinária típica; o concerto do violonista Carlos Barbosa Lima; a sessão de autógrafos do livro “Saga Lusa” de Adriana Calcanhoto; o sarau de encerramento da Off Flip 2009 à beira-mar e mais... A homenageada deste ano é a historiadora e escritora Marina de Mello e Souza.

Paraty

Faço minha as suas palavras,eu também vou.
"Estou indo pra Flip, como todo ano. Nesses dias, a cidade muda de cara -- no centro histórico, a gente tropeça o tempo todo nas pedras pés-de-moleque e nas pessoas andando pra lá e pra cá dia e noite. Gosto da festa e também gosto de estar lá no final do domingo, quando a cidade esvazia abruptamente e volta a ser a antiga Paraty, como nessa linda aquarela do Carcamo."


Paulínia realiza festival de cinema e quer ser a Hollywood brasileira

Cidade do interior de São Paulo investe em produção, escola e leis de incentivo.Mostra terá filmes inéditos, como o primeiro longa-metragem dirigido por Selton Mello.

Não há salas de cinema em Paulínia (a 126 km de São Paulo), mas o governo municipal está decidido a transformar a cidade na Hollywood brasileira. Começa neste sábado (5) a primeira edição do Festival Paulínia de Cinema, que reunirá alguns dos filmes nacionais inéditos mais esperados do ano, além de produções de sucesso e profissionais da indústria do audiovisual, como diretores e atores.
Ao vencedor, a cidade oferecerá o Troféu Menina de Ouro e prêmios em dinheiro que, somados, chegam a R$ 650 mil. A mostra competitiva terá longas-metragens brasileiros de ficção e documentários. Além disso, haverá a exibição de curtas-metragens nacionais e regionais, e de alguns destaques da produção cinematográfica deste último ano. Todas as sessões são gratuitas e abertas ao público.
Além do festival, a cidade vem investindo pesado para se transformar num pólo de cinematográfico. Oferece estúdios para filmagens, tem uma escola de formação de técnicos e profissionais, criou leis municipais de incentivo para cinema. A recepção no mercado, segundo Tatiana Quintella, secretária municipal de Cultura, tem sido boa. “Principalmente quando os produtores e cineastas vêm até aqui e conhecem nossa infra-estrutura. O mercado está evoluindo, e o cinema já está sendo visto como um negócio que pode dar bons retornos.” Ela explica como surgiu o projeto: “O ponto de partida do pólo cinematográfico era esse festival. Como não tínhamos um local apropriado para realizá-lo, já que a cidade não tem salas de cinema, decidimos construir um teatro, feito nos moldes do Kodak Theatre [onde acontece a cerimônia do Oscar, em Los Angeles]. E só agora ficou pronto”. A cerimônia de abertura do Festival Paulínia de Cinema acontece neste sábado, a partir das 19h, no Theatro Municipal novo em folha, e será comandada por Maria Fernanda Cândido e Dan Stulbach. Na seqüência, apenas para convidados, haverá a exibição do filme “Nossa vida não cabe num Opala”, protagonizado por Leonardo Medeiros, Milhem Cortaz, Gabriel Pinheiro e Maria Manoella.
A mais linda história de amor!Meus atores prediletos.
Dia 29 de Junho é dia de São Pedro.
“Estava escrito”
É o nome do curta metragem cujo roteiro e argumento e direção, são meus e de Raphael Vieira. Com estréia marcada para agosto, nosso documentário, fala sobre a vida dos pescadores, na colônia Z13, no posto seis em Copacabana.
Com histórias incríveis, contadas por pescadores da colônia, uma fotografia linda das ilhas do Rio de Janeiro. Nossa trilha sonora foi criada por Pedro Iguel e duas poesias minhas, declamadas na voz de Maitê Proença.
Nosso documentário é um escândalo.
Raphael é meu diretor favorito, de um talento e uma sensibilidade,tenho orgulho do meu amigo e parceiro.
Sobre a proteção de São Pedro, nos filmamos na Bahia de Guanabara e fomos muito felizes.
Aguardem vocês vão gostar.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Bibi
Essa bike é um presente para você.
Pra você ficar pedalando, bem alto, em suas ideias.
Beijos
Denise
"Não apresse o rio ele corre sozinho."

Vida misteriosa.
Todo fato, sentimento muda o rumo do dia.
Música que levanta o astral,
Amigo que às vezes te diz algo
Muda o rumo do rio.
Desafios que vencem o tempo.
Tempo que não vencem desafios.
Sonhos que são persistentes,
Sonhos que dormem,
Ou ficam adormecidos.
Realidade que agride.
Pessoa que se encontram,
Outros que se separam
Vamos desenhando uma história,
Juntos e solitários,
A cada sentimento.
Cada coração,
Vida louca,
Vida breve.
Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever.

A Natureza na Tailândia.

Floresta de Mangue, Phangnga

Esta baía é banhada pelo Mar de Andaman que faz parte do oceano Indico. Estas árvores deixam cair sementes na água, que depois são levadas pela corrente, podendo estas sementes deslocarem-se quilômetros até encontrarem terra onde depois nascem.

Floresta de Mangue, Phangnga


Bangkok-Tailândia

A palavra é...fé.

domingo, 28 de junho de 2009

Foto: Cydney Conger
Estou fascinada pelo meu blog.
Como esse gato com esse aquário!
Quanto custa um sonho?
Alguma coisa ele sempre custa
muitas vezes muitas coisas ele custa
outras vezes outros sonhos ele custa
Não importam o percalços, os sacrifíciosos
espinhosos enredos.
Uma vez vivido
o sonho está sempre num ótimo preço!


(Elisa Lucinda, no livro “A Fúria da Beleza”, ed. Record)




Três frases de Clarice Lispector:


"Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos."


"Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."


Às vezes me dá enjôo de gente. Depois passa e fico de novo toda curiosa e atenta. E é só.
Meus amigos,
São essas as pérolas do meu caminho.
Meus amores, meus pergaminhos.
"Dois jeitos de voar".
Eu tinha sete anos quando ganhei minha primeira bicicleta, ela era rosa e tinha rodinhas.
Depois eu e meu irmão dividíamos uma bike maior, uma da marca Monareta.
Existia uma propaganda da bike que era uma música ridícula, assim:
“Nós queremos Monareta, Monareta da Monark é genial, não é preciso esperar pelo Natal”.
Eu e meu irmão decoramos a música e cantávamos, os o dia todo para nossos pais.
Aos oito anos meu pai avisou que só ganharíamos uma bicicleta nova se aprendêssemos a andar sem as rodinhas.
Morávamos em uma casa e a garagem do carro era do lado, tinha uma pequena rampa. Na minha lembrança de criança, essa rampa, era uma montanha, altíssima.
Chegou o grande dia de tirar as rodinhas da bicicleta. Meu pai com chave de fenda aprontou tudo. Pronto, disse ele.
Sentei na bike, de frente para rampa íngreme e ele me soltou.
Durou um minuto o momento mais emocionante da minha infância.
Terminada a emoção, veio o troféu, uma bicicleta de marca Monark, uma para cada um.
Minha mãe foi comigo escolher, foi ela quem comprou. A minha era de cor vermelha. Eu me tornei a garota mais poderosa da rua, com minha Monark vermelha cheirando a nova.
Até hoje adoro andar de bicicleta, tenho uma linda!
Pedalo pela ciclovia do Rio de Janeiro e isso me acalma e me encanta!
Pedalar sentindo o vento sacudindo meus pensamentos.
As pessoas passando e a paisagem dessa cidade enfeitada e colorida.
A terra provê o suficiente para satisfazer as nescessidades de todos os homens, mas não sua ganância.
Quando me pego no meio da correria, lendo jornal, internet, e-mail, supermercado, trabalho.
Ufa! A confusão da cidade grande, o celular, show, cinema, textos e trabalhos para entregar, pacientes para atender, adolescente para entender.
Ufa!Surge a imagem e a pergunta?De onde veio o homem e para onde ele caminha?
Seres urbanos, seres humanos!
Olha a cara dessa borboleta!

Borboletas em cópula.
É assim que elas fazem amor.

A borboleta fez pose para foto!

sábado, 27 de junho de 2009

Sorte

Tudo de bom que você me fizer
Faz minha rima ficar mais rara
O que você faz me ajuda a cantar
Põe um sorriso na minha cara
Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte na vida
Quando te vejo não saio do tom
Mas meu desejo já se repara
Me dá um beijo com tudo de bom
E acende a noite na Guanabara
Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte de cara
Minha família.

Tenho muita sorte.
Tive infância cercada de amor.
Sou filha de um pai e uma mãe,
Afetivos, amorosos e carregados de emoção.
Lá em casa todo mundo abraça, beija
Falamos: eu te amo.
Meu pai, minha mãe,
Meus irmãos, minhas cunhadas,
Meus sobrinhos e minha filha.
Choramos de emoção e de tristeza.
Damos risadas,
Brigamos, pouco.
Ouvimos músicas,
Contamos histórias,
Tomamos cerveja
Temos amigos.
Somos amigos.
Lá em casa,
Somos felizes.
Eita que sorte que eu dei!
"Estrela"- Gilberto Gil
Há de surgir
Uma estrela no céu
Cada vez que você sorrir
Há de apagar
Uma estrela no céu
Cada vez que você chorar
O contrário também
Bem que pode acontecer
De uma estrela brilhar
Quando a lágrima cair
Ou então
De uma estrela cadente se jogar
Só pra ver
A flor do seu sorriso se abrir
Hum!
Deus fará
Absurdos
Contanto que a vida
Seja assim
Sim
Um altar
Onde a gente celebre
Tudo o que Ele consentir

Saiba
Arnaldo Antunes

Saiba: todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão também
Hitler, Bush e Sadam Hussein
Quem tem grana e quem não tem


Saiba: todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileue
também você e eu

Saiba: todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar

Saiba: todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano

Saiba: todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao Tsé Moisés Ramsés Pelé
Ghandi, Mike Tyson, Salomé

Saiba: todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochete
também eu e você
Mar não tem desenho o vento não deixa o tamanho...
Guimarães Rosa
"Felicidade se acha é em horinhas de descuido".
O dia amanheceu nublado.
O sol brilha no meu coração,
Ilumina minhas idéias
Estou resplandecendo.
Seres mandam mensagens,
Sopram nos meus ouvidos.
Escrevo, crio e invento.
Encontro palavras.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Quando sussurras em meus braços
O que nem às paredes confessas
Primeiro derretes e depois derramas
Neste nosso mar de saudades
Irei buscar tua alma no gelo ou nas chamas
Quando os teus dedos me escorregam na face
Mas vou entregar-me nos teus abraços
Somente se tu disseres que me ama.
Denise Portes
“A infância é o reino onde ninguém morre”.
Esse nosso mar de segredos.
Uma amiga disse-me que tenho 17 anos.
Verdade.
Adoro a família de vampiros do filme Crepúsculo.
São lindos!

Eu olho para essa foto e penso em Deus.


Gosto de muitas músicas, mas essa é uma das que mais gosto.

Tempo Rei
Gilberto Gil


Não me iludo
Tudo permanecerá do jeito que tem sido
Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando todos os sentidos
Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva e pelo eterno vento
Água mole
Pedra dura
Tanto bate que não restará nem pensamento
Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei
Pensamento
Mesmo o fundamento singular do ser humano
De um momento
Para o outro
Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos
Mães zelosas
Pais corujas
Vejam como as águas de repente ficam sujas
Não se iludam
Não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo
Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei


Nós as mulheres
Sensíveis e frágeis
Lutadoras e guerreiras
De coração bobo
E propósito firme
De gargalhadas e lágrimas
Médicas e artistas
Donas de casa
Malabaristas
Com tantas profissões
Cheia de opções
Lavando passando
Pescando ilusões
Buscando eternamente
Definições.
(Para minha amiga Bibi.)
Saudade é o amor que fica!
Tempo que escorre por entre os dedos.
Capacidade de contemplação e observação.
Tranqüilidade que vem com o tempo,
Que não se conquista no vento.
Cheiro e viço que se misturam a adolescência.
Crescimento que vem com busca,
Amadurecimento que se conquista
E deságuam na velhice.
Denise Portes

"Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter"...
Através do meu blog recebi uma mensagem do meu primo, Márcio, que eu não vejo há alguns anos. Mandei para ele um e-mail e ele respondeu e mandou fotos dos seus filhos e fotos da família.
Fiquei completamente tomada de emoção. Lembrei quando éramos bem pequenos, na casa dos nossos avôs, nas ceias de Natal, nos aniversários...
Achei engraçada, a imagem que ele tem guardada de mim. Eu sempre o vi como um menino muito tímido. Quando abri suas fotos, achei que ele ficou muito parecido com os pais dele.
Tio Altair e Tia Terezinha.
A vida é muito rápida e muitas vezes passamos pela vida das pessoas e elas nem sabem o que significam para nós. Não sabem a lembrança que guardamos,a importância que tem.
No nosso caso, somos parentes, primos de primeiro grau e com isso muitas lembranças foram construídas juntos, ainda que separados.
Guardamos histórias, triste e feliz, que marcaram a trajetória de nossa família.
Mas o fio desse pensamento e a sutileza dessa emoção é pensar, como as marcas e cicatrizes, que estão presentes em nossos corações, são diferentes para cada um.
Como é importante que a gente tenha oportunidade de revelar o nosso amor para as pessoas. Como é importante dizer a elas o quanto elas fazem parte de nossas lembranças.
A palavra, o sentimento!
Poder dizer que na minha vida o Márcio,meu primo e toda a família dele, me trazem lembranças de uma época, que eu sabia ser muito feliz. Estivemos juntos lá na infância.
“A infância é o reino onde ninguém morre”.
Vocês estão guardados no meu coração, nesse lugar especial e para sempre.


Por falar em Pedro Bial,adoro esse texto.


Escolhas de uma vida A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida". Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada seis meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o autoconhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!
Pedro Bial

A Morte - por Pedro Bial
18.9.06

Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos.Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada.Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena.Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que e causa em todos os que ficam.A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo.Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre.Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco?Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.Qual é? Morrer é um chiste.Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas.Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu. Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas , mulheres e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério?Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo.Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz.Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz. Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero.E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.Por isso viva tudo que há para viver.Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida...Perdoe....sempre!!!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Hoje partiu Michael Jackson.
Não tem jeito de não ficar triste.
Ah! Não tem jeito de não ficar muito triste.



Chove. Os pingos são finos como as chuvas de Paris.
Sinto saudades das ruas, da arquitetura e da beleza européia.
Da beleza dos homens vestidos em lindos casacos, das mulheres com suas lindas botas!
Os cabelos bem cortados e a pele muito branca.
Da nevoa que cobre a cidade em seus dias frios.
Conheci Paris com minha mãe. Chegamos à estação de trem, vindas de Bruxelas. Um amigo me emprestou o apartamento, do lado da Igreja Notre Dame. Ele é um escritor de cinema e o apartamento era incrível. Super lindo e bem localizado. Os móveis antigos e o banheiro tinha uma banheira maravilhosa. No banheiro tinha um pau de arara onde ele colecionava coletes de pano, do mundo todo. Cada colete mais bonito que o outro. Coloridos, sofisticados, com lantejoulas, bordados, indianos, americanos.
No nosso segundo dia na cidade, mamãe resolveu fazer uma arrumação nos coletes do meu amigo. Passar todos os coletes e arrumar em uma ordem, que na cabeça dela, ficaria mais harmônico. Pois foi o que ela fez. Sai para jantar com uma amiga e quando voltei, minha mãe estava vestida de mágica. Com uma cartola vermelha cheia de purpurina e uma varinha de condão na mão. Minha amiga ficou encantada com a figura alegre e sorridente de mamãe. Minha mãe abriu a porta e me fez a seguinte confissão:
“Minha filha, temos um problema, os coletes caíram todos no chão do banheiro e o pau de arara não para mais na parede”.

Quando estamos apaixonados vem esse estado de plenitude. O poema vem vindo, a luz muda de cor. Fica tudo tomado de um tom dourado.
Estranha química que invade as células!
Na adolescência com os hormônios desorientados, chegamos a ficar realmente fora do ar, desesperados por aquela situação. A verdade é que a paixão não acalma ninguém. Ao contrário, ela apaga as lamparinas de qualquer juízo.
Tem milhares de tipo de sedução e milhares de tipos de sedutores. Conheço gente que tem atração pelo amor do outro. A sedução está em deixar o outro apaixonado. Quando o parceiro ficar bem apaixonado, ai eu vou pensar o que quero com ele.
Amar trás a calma, apaixonar a agitação. Estar apaixonado é como descer uma ladeira em um carrinho de rolimã.
-Socorro, socorro, aonde isso vai me levar?
Por isso a paixão é vermelha, quente e deixa-nos ausente de nós mesmos.
Você se desencontra de você quando está apaixonado. É fato.
Você só quer o outro, a presença o cheiro o contato. Se ficar longe quer falar dele.
É um labrinto!
Quando amadurecemos não é diferente. É só você dizer para um amigo, para seu empregado ou mesmo um conhecido. ”Sabia que eu estou apaixonada”.
A pessoa esboça um sorriso e diz: - Jura?
Acho que é porque todos nós conhecemos esse labirinto, delicioso, da paixão.
Queremos um pedacinho, uma lasquinha, mesmo que não sejamos nós que estamos apaixonados.
Parece chocolate, quando o amigo rasga o papel do chocolate e vem aquele cheiro... Hummmm....Também quero.
Lava minha alma
Acalma
Não deixe que o frio congele
Meus dedos
Minhas mãos.
Agasalha em seu abraço
Neste amasso
O compasso desenfreado
Da batida do meu coração.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A origem da Festa Junina no Brasil e suas influências
Junho é o mês de São João, Santo Antônio e São Pedro. Por isso, as festas que acontecem em todo o mês de junho são chamadas de "Festa Joanina", especialmente em homenagem a São João. O nome joanina teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros. A influência brasileira na tradição da festa pode ser percebida na alimentação, quando foram introduzidos o aipim (mandioca), milho, jenipapo, o leite de coco e também nos costumes, como o forró, o boi-bumbá, a quadrilha e o tambor-de-crioula. Mas não foi somente a influência brasileira que permaneceu nas comemorações juninas. Os franceses, por exemplo, acrescentaram à quadrilha, passos e marcações inspirados na dança da nobreza européia. Já os fogos de artifício, que tanto embelezam a festa, foram trazidos pelos chineses. A dança-de-fitas, bastante comum no sul do Brasil, é originária de Portugal e da Espanha. Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte. No Nordeste do país, existe uma tradição que manda que os festeiros visitem em grupos todas as casas onde sejam bem-vindos levando alegria. Os donos das casas, em contrapartida, mantêm uma mesa farta de bebidas e comidas típicas para servir os grupos. Os festeiros acreditam que o costume é uma maneira de integrar as pessoas da cidade. Essa tradição tem sido substituída por uma grande festa que reúne toda a comunidade em volta dos palcos onde prevalecem os estilos tradicionais e mecânicos do forró.



Viva 24 de Junho, dia de São João Batista.
Dormi e acordei pensando neste monte
De gente que está na minha vida.
Esses amigos que bordam meu caminho,
Que me amparam
Compreendem essa jornada.
Gente de tantos tipos, de tantos jeitos.
Cada encontro de trocas constantes,
Cada escolha,
Cada instante.
Amigos queridos,
Sintam-se beijados.
Gente é pra brilhar!