Dia dos professores.

Sempre achei o máximo ser filha de professora de português. Minha mãe era (ainda é) inteligente, linda e poderosa. Respeitada, admirada e craque, mas muito craque mesmo, na gramática.

Lá em casa, era cada sujeito com seu predicado, cada verbo com seu objeto e cada crase no seu devido lugar. E não tinha isso de “ah, mas você entendeu”. Entendi, mas falou errado; trate de aprender. Tem que saber o certo, nem que seja para errar direito.

Era tudo isso, mas sempre com aquela doçura entre vírgulas. E a conversa avançava pela noite adentro, toda trabalhada na metáfora, do princípio ao particípio, do travessão ao próximo parágrafo que nunca queria terminar.

Como era bom aprender com quem gostava de ensinar!

Parabéns pelo dia do professor, mãezinha. E obrigada. Pela tolerância com as minhas redundâncias e pela paciência com todas as minhas reticências...

 Bibi Da Pieve

Mãe para filha.

Não quero que você faça da minha vida seu exemplo.

Denise Portes