segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Desejo

 
Uma semana criativa pra todos nós.

Denise Portes

domingo, 30 de agosto de 2015

sábado, 29 de agosto de 2015

Pão de açucar.

 
"Consolamo-nos na beleza imediata das coincidências, 
escapa-nos a beleza catastrófica dos acasos."

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Declaração.

Você... 
Sempre céu dos meus voos.

Denise Portes

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Manoel de Barros.

Poesia é voar fora da asa.

Manoel de Barros

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Clarice Lispector

Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre. 

Clarice Lispector

domingo, 23 de agosto de 2015

Meu amor.

Não era para inventar você como se inventa um personagem e nem para deixar que você entrasse em minha vida para ficarmos juntos anos e anos. A importância não era para ser da proporção que ficou. Eu precisava de amor e você precisava de amor e ali foi feita a troca que foi empurrando mais e mais um para o outro. Tantos anos se passaram e a paixão se transformou em amor, amor, amor e mais amor. 

Denise Portes

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Ovo Apunhalado.

[...] sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus... como você me doía! De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme...só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Meu poeta!


"Ainda que dentro de mim as águas apodreçam e se encham de lama e ventos ocasionais depositem peixes mortos pelas margens e todos os avisos se façam presentes nas asas das borboletas e nas folhas dos plátanos que devem estar perdendo folhas lá bem ao sul e, ainda que você me sacuda e diga que me ama e que precisa de mim: ainda assim não sentirei o cheiro podre das águas e meus pés não se sujarão na lama e meus olhos não verão as carcaças entreabertas em vermes nas margens, ainda assim eu matarei as borboletas e cuspirei nas folhas amareladas dos plátanos e afastarei você com o gesto mais duro que conseguir e direi duramente que seu amor não me toca nem me comove e que sua precisão de mim não passa de fome e que você me devoraria como eu devoraria, você ah se ousássemos."

...e assim se passaram dez anos ou você nunca caminhará sozinho.


Esta peça foi escrita há dez anos, no porão de uma casa enorme, em Londres,  durante o inverno, à mão, a luz de longas velas de cera roubadas da igreja mais próxima. Isso porque morávamos clandestinamente em squatter-houses – casas em vias de serem demolidas, ocupadas por estrangeiros e freaks que não podiam ou não queriam pagar aluguel. A loucura solta em volta precisou ser posta no papel, transformada, recriada, exorcizada, para não pirar de vez minha cabeça. Éramos auto-exilados alguns, outros exilados mesmo, expulsos, tempos de Médici, perseguições, torturas.  Não tínhamos mais país, nem pais, nem dinheiro, nem destino. Ideologia, só a da  loucura. Uma certeza messiânica de que mudaríamos o mundo: éramos os escolhidos, os iluminados nascidos durante  o trânsito de Netuno pela constelação de Libra. Nos chamavam de hippies, mas os hippies já não existiam. Os muros brancos de London,London estavam pichados com  grafites do tipo  “Flower Power is Dead”. O caos econômico começava a corroer definitivamente a Inglaterra, o Ocidente e toda a sociedade capitalista. Joplin e Hendrix já tinham morrido. Os punks começavam a emergir dos subúrbios, sadomasoquistas e speedfreaks circulavam pela noite com suas roupas de couro negro, suas correntes.  Estávamos perdidos: na casa dos 20, uma lasquinha de ácido todo dia, não sabíamos se chegaríamos aos 30 anos. Nem fazíamos muita questão, queríamos morrer antes. De susto, de bala ou vício. Antes que o Apocalipse de São João invadisse as ruas.

Chegamos lá. Ou aqui.  Ah, então era isso, essa coisa, o fu-tu-ro?

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Toques.

Cartas, santos, números, astros: eu queria afastar completamente todas essas coisas da minha vida. Queria o real, um real sem nada por trás além dele mesmo. Apenas mais fundo, mais indisfarçável, sem nenhum sentido outro que não aquele que pudesse ver, tocar e cheirar como os cheiros, mesmo nauseantes, mas verdadeiros, dos corredores do edifício. Eu estava farto do invisível.

Caio Fernando de Abreu

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Bob Marley

Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos. 

domingo, 16 de agosto de 2015

Meu poeta...

Não sou para todos... Gosto muito do meu mundinho... Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias...

Caio Fernando Abreu

sábado, 15 de agosto de 2015

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

É assim...

Eu  andava pela rua quando me dei conta que aquele amor impossível passou, assim como um bando de andorinhas passam cantando em outra direção, algo frio e triste encheu meus olhos de lágrima, é que quando um grande amor transforma o vazio que ele deixa também dói.

Denise Portes

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Pois é...

Uma coisa só começa a existir quando você também começa a prestar atenção na existência dela. Quando a gente começa a gostar duma pessoa, é bem assim. 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A loucura...

O que chamamos de amor, não é amor. O que chamamos de dor, não dói. Tudo o que parece ser até pode ser, mas do avesso. 

Caio Fernando Abreu

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Somente por isso.

"Eu escrevo para mim mesmo, ou para alguma coisa de mim que eu não conheço bem."

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Filosofando

Intimidade é algo construído e destruído 
cada vez que o meu desejo é diferente do seu. 
Denise Portes

domingo, 9 de agosto de 2015

Domingo, céu azul, dia dos pais.

Domingo, céu azul, dia dos pais. Essa data, ainda que comercial, mexe com meu coração, assim como o dia do aniversário dele, Natal, Ano Novo e o dia que ele partiu. Os outros dias a saudade invade meu peito de repente, em todos os detalhes que me fazem lembrar ele.
A risada, as piadas, e os meus olhos no espelho refletindo a imagem dele em mim, até mesmo quando brindo o copo de cerveja que tomávamos juntos. É muito duro perder o pai, uma referência de vida parte dentro de nós, mas com o passar do tempo vamos enchendo esse vazio com a mãe, os irmãos, a família e os amigos. O que é precioso fica. A dor da perda jamais pode ser maior do que a alegria de tê-lo tido como pai. Eu te amo pai e sei que essa energia e esse sentimento são eternos e nos une ontem, hoje, sempre, para sempre.

Denise Portes