Cartas,
santos, números, astros: eu queria afastar completamente todas essas coisas da
minha vida. Queria o real, um real sem nada por trás além dele mesmo. Apenas
mais fundo, mais indisfarçável, sem nenhum sentido outro que não aquele que
pudesse ver, tocar e cheirar como os cheiros, mesmo nauseantes, mas
verdadeiros, dos corredores do edifício. Eu estava farto do invisível.
Caio Fernando de Abreu
terça-feira, 18 de agosto de 2015
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