domingo, 31 de dezembro de 2017

sábado, 30 de dezembro de 2017

Irmãs


A irmã mais velha pergunta: "Que é isso aí que você está tomando (floral)?", e a mais nova responde, com ar gaiato: "Você não entenderia!"

Iale Falheiros

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

DA DISCRIÇÃO


Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...

Mario Quintana

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

domingo, 24 de dezembro de 2017

sábado, 23 de dezembro de 2017

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Texto Júlia Portes


São 3 da manhã 
Eu tô no meio da rua sentada
Bem no meio da curva 
Correndo risco de ser atropelada
Por um motorista que acabou de tirar carteira e ainda tá entendendo o volante 
Tá tocando em algum bar próximo uma música da Marília Mendonça 
Eu tenho concordado com as letras de Marília
Dentro da minha cabeça tá tocando uma música que minha amiga me apresentou 
Daquelas tão lindas que dá vontade de se apaixonar 
Trovoa
Eu tô bem no meio da curva 
Eu queria escrever que tô bem no meio de uma das curvas da minha vida
Mas tenho achado brega escrever vida e mundo nos textos
São palavras pretenciosas
Grandes demais por dentro
Tem muita vida no mundo
Muito mundo na vida
Pronto agora já escrevi
Tá tudo bem ser brega 
Essa noite eu já falei com muita gente 
A última pessoa me mostrou um livro 
Eu não conhecia ele 
Digo, a pessoa que me mostrou o livro
Ele promoveu uma estrutura pro nosso diálogo 
Que Foi raso
Considerando o tema:
Solidão 
Era o tema 
Talvez esse seja o único tema possível pra essa noite
Pra esses tempos
O livro dele falava de um jeito intelectualizado o que todos os livros de auto ajuda também dizem 
Eu tô tentando me auto ajudar 
Então, Conheço bastante desse assunto
Eu tenho pintado quadros que derretem 
Eu poderia me aprofundar nisso e pensar se é assim que tô me sentindo
Em desintegração 
Mas talvez seja só porque eu goste de tinta e o meu traçado seja infantil demais pra fazer desenhos de fato
Eu queria dizer pra alguém que eu tô com dificuldade de me conectar
Que uma mulher me contou uma história inteira essa semana e quando ela terminou, eu não sabia onde eu tava
Isso é raro
Eu costumava me conectar bem com as palavras dos outros
Tem um monte de gravuras coladas na minha parede
Textos parecidos anotados pelo quarto
Não tem como mudar tanto de um dia pro outro 
Mentira
Tem sim
Tem sim
Os livros pouco intelectualizados de auto ajuda mandaram eu pensar que tem sim
Meu último desenho infantil tem uma cobra picando uma baleia
O que isso deve significar? 
Se é que significa alguma coisa
Eu tô com muita saudade de conhecer gente impulsiva
Eu torço pra conhecer gente impulsiva em 2018.

Júlia Portes

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Acredite.

“Todo dia é uma nova chance de se reinventar”.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Uma pergunta...

"Quantas vezes minha esperança será posta à prova? "

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O meu bem querer.

Eu sempre quis um amor embrulhado com paz, 
Que deixasse ser quem sou 
que me entendesse mais
E me cobrasse menos.
Que numa cumplicidade eterna
Pudesse relevar as falhas que cada um tem.

Denise Portes

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

domingo, 17 de dezembro de 2017

Texto Júlia Portes


Eu queria poder escrever sobre aquela viagem pra Paraty
O dia em que a gente esteve lá e fez uma aula de yoga na cabana que você encontrou
Tudo isso seria mentira.
Estou limitada por aqueles encontros que tivemos em bares
Pela cerveja que era sempre da mesma marca
Por todas as vezes que na dúvida, você foi pela certeza
Eu tô limitada pelo nosso vocabulário pouco vasto - quer você concorde ou não - perto de todas as palavras da nossa língua sempre será limitado
Eu tô limitada pelo meio termo
Eu gostaria de escrever sobre aquela vez que você se levantou no meio da noite e propôs um mergulho na praia
E a gente foi
Porque eu dizia sim pra essas coisas
Só que seria mentira
As nossas aventuras tinham alto nível de análise e previsibilidade
Eu tô limitada pela sua inexistência na minha vida
Eu só uso a palavra "você", pois é mais poético escrever pra alguém
Parece que tudo fica mais interessante e curioso quando escrevemos coisas pra outra pessoa
Eu queria escrever sobre todas essas coisas que a gente acaba não fazendo em prol de seguir a rotina
E sobre tentar ter gratidão
E a importância de entender essa palavra que já tá bastante cafona igual a palavra cafona é cafona
Eu queria escrever sobre tudo que me constrange
Porque eu sei que são sobre essas coisas que se deve escrever
Mas eu só consigo falar que eu fui na padaria hoje e pedi 7 pães e o padeiro me perguntou se podiam ser 8 e eu ri e disse que sim e ele disse que não gosta do número 7, porque ele se lembra da copa do mundo.
Consigo falar sobre o chuveiro da minha casa ter uma boa ducha e a geladeira continuar congelando tudo
Ninguém sabe consertar
Não é fácil consertar coisas quebradas
Fica quebrando de novo
Eu consigo falar dessas frases com potencial metafórico
Mas será que escrever que a frase que eu escrevi tem potencial metafórico é acabar instantaneamente com a metáfora?

Júlia Portes 
Parte inferior do formulário


sábado, 16 de dezembro de 2017

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

domingo, 10 de dezembro de 2017

Entrega


Você quer namorar comigo?
Sim, existe esse entrega.
Denise Portes

sábado, 9 de dezembro de 2017

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

domingo, 3 de dezembro de 2017

sábado, 2 de dezembro de 2017

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Texto Júlia Portes


Sonhei que eu parava de me importar 
Com o jeito que as coisas iam se desenrolar
Eu entrava numa sala de jantar e
encontrava com uma Índia
Ela não era nem nova e nem velha
Ela estava Simplesmente lá
fora do tempo
Ela dizia que veio me presentear com o momento presente
Inquieta e bastante humana
Eu queria saber por que eu tava lá
Ela dizia que o importante é que ela ia me curar de mim
Os meus problemas eram o próprio eu
Mas que tudo ia passar
Que nos momentos difíceis eu deveria olhar pro meu sofá
Pro meu sofá? Eu perguntava
Ele vai te trazer pra sua sala, caso você esteja lá
Já Acordada
Na minha sala, eu estava
Sentei no sofá
Vi os quadros pintados pela minha mãe
Por falta de galerias que tenham verdadeiro bom gosto
Estamos expondo na nossa sala obras de arte
Aqui na minha sala tem girafas com gravatas de bolinhas
Seres voadores
Desenhos abstratos que quando olhados revelam figuras mais concretas
Como quando olhamos pras nuvens
Tem um céu no meio da minha sala
Se percebido com atenção
posso ver uma bruxa olhando pra ele com uma varinha na mão
Acho que a India tava me falando sobre a imaginação
Comecei a tentar romper com a academia mental que é o pensamento incessante
Bem ocidental
Reparei nas platinhas afogadas nas poças de água na calçada
nas gotas de chuva escorrendo dos ônibus
no relógio que tem no alto de um prédio na Nossa Senhora de Copacabana esquina com a Bolívar.
Tirei os fones de ouvido
compartilhando os sons da rua com quem tá na rua comigo.
Desafiei os momentos de espera
Eles se desmancharam em novas percepções na frente dos meus olhos.
Ganhei vários não saberes
Tô igual em país estrangeiro

Júlia Portes