domingo, 28 de junho de 2009

"Dois jeitos de voar".
Eu tinha sete anos quando ganhei minha primeira bicicleta, ela era rosa e tinha rodinhas.
Depois eu e meu irmão dividíamos uma bike maior, uma da marca Monareta.
Existia uma propaganda da bike que era uma música ridícula, assim:
“Nós queremos Monareta, Monareta da Monark é genial, não é preciso esperar pelo Natal”.
Eu e meu irmão decoramos a música e cantávamos, os o dia todo para nossos pais.
Aos oito anos meu pai avisou que só ganharíamos uma bicicleta nova se aprendêssemos a andar sem as rodinhas.
Morávamos em uma casa e a garagem do carro era do lado, tinha uma pequena rampa. Na minha lembrança de criança, essa rampa, era uma montanha, altíssima.
Chegou o grande dia de tirar as rodinhas da bicicleta. Meu pai com chave de fenda aprontou tudo. Pronto, disse ele.
Sentei na bike, de frente para rampa íngreme e ele me soltou.
Durou um minuto o momento mais emocionante da minha infância.
Terminada a emoção, veio o troféu, uma bicicleta de marca Monark, uma para cada um.
Minha mãe foi comigo escolher, foi ela quem comprou. A minha era de cor vermelha. Eu me tornei a garota mais poderosa da rua, com minha Monark vermelha cheirando a nova.
Até hoje adoro andar de bicicleta, tenho uma linda!
Pedalo pela ciclovia do Rio de Janeiro e isso me acalma e me encanta!
Pedalar sentindo o vento sacudindo meus pensamentos.
As pessoas passando e a paisagem dessa cidade enfeitada e colorida.

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