segunda-feira, 21 de março de 2011


Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.

Poema: Cecília Meireles

Um comentário:

Luna Blanca disse...

Para o poeta, sinônimos não existem. Cada palavra soa, cheira, degusta e diz diferente.