sexta-feira, 17 de julho de 2009

Bélgica- Bruxelas















Conheci a Europa desembarcando na Bélgica, aeroporto de Bruxelas.
Era primavera de 1995, fazia frio e a cidade tinha o céu cinza, estava indo a passeio com minha mãe, eu estava grávida de cinco meses. O Junior, meu primo e Isabele, a namorada dele, foram nos buscar no aeroporto. Na minha mala eu tinha milhares de roupas e na minha cabeça um baú de fantasias. A primeira notícia já era esperada, Tia Vera estava muito doente, com uma doença terminal e nós a traríamos de volta ao Brasil. Essa foi à tristeza que nós acompanhamos por aqueles inesquecíveis trinta dias que passamos em terras européias.
O ponto de chegada e de partida era Bruxelas.
Descobrindo a Bélgica
Como é a Bélgica que me espera?


Primeiro, não existe um idioma belga. As pessoas falam dois idiomas: na metade norte do país, o holandês (mais puro que o da Holanda, sem misturas com o inglês); e na metade sul, o francês. A explicação está em que o país abriga duas comunidades de origens diferentes, a flamenga (ao norte) e a vala (ao sul).
Segundo, a Bélgica é reconhecida como sendo o verdadeiro país das batatinhas fritas (e não a Holanda, nem a França). Também é o país da cerveja (dizem haver um tipo diferente para cada dia do ano), como também do chocolate (mais forte e amargo do que o suíço).
A Bélgica é um país que parece ser formado por uma mistura de outros países e culturas, principalmente da Holanda, França e Alemanha. Em área, é um pouco menor do que a Holanda; é também menos populoso, tendo em torno de 10 milhões de habitantes, enquanto que a Holanda tem 16. A arquitetura belga recebeu muita influência da Holanda, mas é mais diversificada. Os prédios antigos são estreitos e retangulares, com grandes janelas, como na Holanda. Tem, também, muitas igrejas e prédios, muitos deles públicos, em estilo romano e gótico. Encontram-se, ainda, alguns prédios em estilo clássico, com grande colunas, como a Bolsa de Valores de Bruxelas.
No período entre os séculos XVI e XVIII, a Bélgica pertenceu ao Império Espanhol. Em 1815, o país foi anexado à Holanda; 16 anos depois, em 1831, tornou-se independente. Atualmente, Bélgica, Holanda e Luxemburgo formam o Benelux, que constitui uma região sem barreiras alfandegárias.
Uma estranha peculiaridade do povo belga é a diferença entre a cultura do norte e do sul do país. A proximidade com outros países, assim como o clima e a trajetória histórica, influenciaram de forma diferente cada região (como também acontece e pode ser percebido no Brasil, com suas diferentes regiões e sub-regiões). Na metade norte da Bélgica, mais próxima da Holanda, a maioria das pessoas fala inglês, além de holandês e francês. Já na metade sul, mais próxima da França, eles gostam mesmo é do francês e não se interessam muito por outros idiomas, inclusive o holandês e inglês.
Nas escolas belgas, é obrigatório o ensino dos dois idiomas mais falados, francês e holandês, além de um terceiro, que pode ser inglês ou alemão. Percebe-se, assim, que os belgas constituem um povo bastante aberto ao mundo, e culto.
Mas nem todos são bilíngües. Há cerca de oito anos atrás, aconteceu um acidente de trens porque os motoristas não conseguiram se comunicar pelos fones. Um deles falava somente holandês, e o outro, francês; não se entenderam e o resultado foi que os trens acabaram se chocando de frente, e sete pessoas foram mortas, além de muitos outros prejuízos.
Visitei três cidades na Bélgica: Bruxelas, Bruges e Gent.
Bruxelas é a capital da Bélgica; é também a cidade mais populosa do país; tem ares de cosmopolita, com muitos empreendimentos e prédios modernos. Há alguns anos, refletindo a predisposição do povo belga para a mudança, arrojo e abertura para a Europa e o mundo, Bruxelas assumiu o papel de Centro da União Européia.
Mesmo sendo uma cidade grande, Bruxelas carrega muito da história do país e da Europa nos seus prédios antigos, ainda que alguns estejam mal conservados. O melhor da sua arquitetura está no centro da cidade.
A Grandplace, ponto famoso da cidade, é uma espécie de praça circundada por prédios antigos, em estilo barroco. No século XII, era o centro político e econômico da cidade. Em 1695, a praça foi destruída e levou 4 anos para ser reconstruída, ficando novamente pronta em 1700. Hoje, alguns prédios servem de sedes do governo, de museus, hotéis e lojas. Realmente, a praça é surpreendente; e os prédios, maravilhosos. De noite, a praça ganha um clima muito especial com a iluminação dos prédios e o show de luzes. Também é comum ocorrerem apresentações culturais e shows de música. Durante a noite, o centro de Bruxelas é muito movimentado, com muitos turistas circulando. Existem variados bares, restaurantes, pubs e discotecas, para todos os gostos .
Uma curiosidade em Bruxelas é o Manneken Pis Fountain, que é uma pequena estátua de bronze com um menininho urinando, que data de 1619. Existem várias lendas a respeito da estátua, que até já virou ponto turístico importante. De qualquer forma, me lembrei de um boneco que existia no Brasil quando eu era criança, chamado Manequinho. Agora descobri o porquê do nome.
Outra beleza de Bruxelas é a Cathedrale Saint-Michel; foi iniciada em 1220, em estilo gótico. Os vitrais, do século XVI, são lindos. Para quem gosta de museus, no Parque do Cinqüentenário existe um museu sobre a história militar do país, outro museu sobre a história da arte belga, e mais outro de automóveis.



2 comentários:

Unknown disse...

Parabéns! Boas fotos e bons comentários = boas lembranças de Bruxelas.

Unknown disse...

Adorei a matéria e o blog me encantou! Parabéns pelo seu jeito meigo e criativo de ser! Muito sucesso em sua vida profissional e continue alimentando essa artista que badala junto de seu coração.