Você morava numa rua sem saída e era minha aquela bicicleta, naquela noite escura. Eu também era o escuro da noite.
Eu fiquei por lá te esperando, olhando pra sua janela. Sabia a hora que você apagava a luz da sala e podia ouvir seus passos dentro de casa. Mas isso era pouco, pois o meu coração guardou memórias de cada momento e neles eu continuava em seus braços e embalada no calor de seus abraços eu ainda sentia seu cheiro, quando a nossa música tocava naquele disco de vinil...
Somente para manter essas memórias eu sentava na calçada e aguardava à hora em que não tinha mais nenhuma luz no seu apartamento. A lua iluminava os paralelepípedos e as minhas melhores lembranças podiam ir dormir comigo.
Denise Portes
4 comentários:
"Eu também era o escuro da noite"
Arrepiante.
Lembrar momentos bons é revivê-los, sem dúvida!
Um beijo
Néia Lambert
Olá Denise
Mesmo que o tempo passe, as boas lembranças permanecem.
Bjux
Somente o amor nos inspira a seguir tão longe e tão profundamente!
Parabéns por tão bela inspiração!
Abraços renovados!
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