sábado, 30 de janeiro de 2010

O barquinho de papel 2

"A memória é mesmo a mais generosa dos retratistas."
Os barquinhos de papel que enfeitaram a banheira da minha casa, as piscinas da minha infância, as praias onde brinquei, são as mais lindas lembranças da minha vida. Quando minha mãe me ensinou a fazer barcos de papel com folhas de jornal, eu passava horas confeccionando e olhando eles flutuar, seguir e desmanchar na água. Era um momento de concentração e melancolia.Minha mente de criança ficava vazia de pensamentos e cheia de esperança que aquele pequeno barco fosse atravessar mares e tempestades.
Todas as vezes que vejo um barquinho de papel, sinto uma doçura, tenho reflexo condicionado desses momentos.
Incrível, pois hoje são as lembranças dos meus barquinhos de papel, que me transportam aos mais lindos, internos e intensos momentos da minha infância. Ele me remete a lugares onde o colorido das águas, a luz do dia, a esperança e a concentração me faziam estar inteira no presente. As risadas ecoam nas minhas lembranças e transborda de ternura o meu coração.
Denise Portes

4 comentários:

Maitê disse...

Eu adoro essas suas histórias de barco de papel!
Um beijo
Maitê

Ana Gabriela Camargo disse...

Denise
É sempre um carinho passar por aqui e ler coisas tão lindas.
Um beijo
Gabriela

Unknown disse...


Adorei, ficou tudo mexido dentro do meu coração!
Flávia

Unknown disse...

Denise
Quanta história linda você tem pra contar! Conta mais e mais...
Um abraço
Eduardo