Chove. Os pingos são finos como as chuvas de Paris.
Sinto saudades das ruas, da arquitetura e da beleza européia.
Da beleza dos homens vestidos em lindos casacos, das mulheres com suas lindas botas!
Os cabelos bem cortados e a pele muito branca.
Da nevoa que cobre a cidade em seus dias frios.
Conheci Paris com minha mãe. Chegamos à estação de trem, vindas de Bruxelas. Um amigo me emprestou o apartamento, do lado da Igreja Notre Dame. Ele é um escritor de cinema e o apartamento era incrível. Super lindo e bem localizado. Os móveis antigos e o banheiro tinha uma banheira maravilhosa. No banheiro tinha um pau de arara onde ele colecionava coletes de pano, do mundo todo. Cada colete mais bonito que o outro. Coloridos, sofisticados, com lantejoulas, bordados, indianos, americanos.
No nosso segundo dia na cidade, mamãe resolveu fazer uma arrumação nos coletes do meu amigo. Passar todos os coletes e arrumar em uma ordem, que na cabeça dela, ficaria mais harmônico. Pois foi o que ela fez. Sai para jantar com uma amiga e quando voltei, minha mãe estava vestida de mágica. Com uma cartola vermelha cheia de purpurina e uma varinha de condão na mão. Minha amiga ficou encantada com a figura alegre e sorridente de mamãe. Minha mãe abriu a porta e me fez a seguinte confissão:
“Minha filha, temos um problema, os coletes caíram todos no chão do banheiro e o pau de arara não para mais na parede”.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
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Um comentário:
minha esposa Renata ficou apaixonada por essa história.
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