sexta-feira, 8 de julho de 2016

O dia em que minha mãe virou estrela.

Para falar da minha mãe eu tenho que falar de vida, de tudo que pulsa. Por onde ela passou ela deixou marcas. Ela gostava de gente. Ela foi boa filha, o xodó do pai dela. Foi boa irmã, o xodó dos irmãos e irmãs dela. Uma esposa maravilhosa, o luxo do meu pai. A melhor mãe que eu e meus dois irmãos poderíamos ter. Na semana passada, já bastante debilitada, ela me disse: “Filha, nós fomos muito felizes juntas, nós nos divertimos muito”. É verdade mãe, eu respondi. Ontem ela nos deixou e ficou no coração de cada um uma lembrança, também por esse motivo ela vai deixar muitas saudades. Eu quero me despedir dela hoje com a mesma alegria que ela tinha e que ela me ensinou a ter. Eu penso que cumprir a missão na Terra é deixar por aqui não só lembranças boas, mas exemplo que você pode ser alguém que melhora e alegra a vida do outro. Seja pintando um belo quadro para presentear o amigo, dando uma flor, fazendo um almoço gostoso para receber quem você gosta, ou lindos panos de prato. Quase todos os amigos a ouviram cantar e tocar ao violão ou no piano: “O meu chapéu tem três pontas, tem três pontas o meu chapéu e se não tivesse três pontas, não seria o meu chapéu”. Eu gostaria de pedir às pessoas que gostavam dela, que demonstrasse o seu carinho e amizade enviando boas vibrações e boas energias para que a sua alma siga em paz. Apesar de doce ela não era boba não. Ah as mulheres! Ela foi encontrar o amor da sua vida. Desde ontem o meu pai já esperava a sua chegada e com certeza está mais feliz. Ele preparou a festa no céu, convidou os amigos, a família dele e os irmãos dela. Ele deve ter dito, segurando suas mãos: “Que bom meu amor, você chegou”. Nós que tivemos o privilegio de conhecê-la podemos repetir: “Adeus não Maninha, até breve”. Passei a vida ouvindo: Você é a cara da sua mãe, mas desejei a vida toda ser uma alma parecida com a da minha mãe. Te amo mãe, minha mãe. 

Denise Portes

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