domingo, 10 de julho de 2016

Órfã.

Estranho sentimento de vazio quando o pai e a mãe já não estão mais entre nós. Sou órfã aos cinquenta e quatro anos, por um lado dei sorte de te-los até agora e por outro me parece muito difícil viver sem eles. Sempre fui livre para os meus silêncios e sempre respeitada em minhas opiniões. A eles devo a minha alma de poeta, eram os dois artistas, sabiam amar o que há de mais profundo no ser humano. Estou perdida sem pai nem mãe bem na porta da sua casa, assim eu me sinto quando dos amigos que amo eu tenho carinho. Sigo reaprendendo a andar. 

Denise Portes

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