domingo, 8 de dezembro de 2013

Meu pai.

Um nó na garganta e a saudade que aperta,
A presença nos cantos, em detalhes que se espalham.
A cadela que continua esperando você entrar pela porta.
O olhar da minha mãe, o jeito de ser dos meus irmãos.
A união entre nós que nos faz lembrar o que aprendemos com você.
É vida que segue, mas é energia do amor que fica.
A casa, a cadeira, a mesa, os lugares e a essa tristeza da ausência.
No jardim a roseira amarela e branca.
E os canários cantando a saudade.
Não sei o que fazer com a dor,
Que vai se transformando em mais amor.

Denise Portes

(seis meses, ontem não consegui postar, de saudade)

Um comentário:

Marli Soares Borges disse...

A morte realmente não tem o menor sentido para os que ficam. Como conviver com a ausência dos nossos afetos? Pois é, mas a gente convive. Dói, mas suportamos... somos seres iluminados, nesse aspecto. Mas é muito difícil, Denise. Te entendo demais. Bjs Marli