quarta-feira, 5 de julho de 2017

Sobre o silêncio.


"Às vezes é preciso silenciar a mente, pra entender o que o coração quer da gente. Não é sempre que sabemos ir embora, e também não vai ser hoje que vamos aprender a ficar. A gente já sabe que tudo nessa vida carece de tempo, até as despedidas. Por isso, não apresse o prazo das voltas, nem prolongue a hora do adeus. Entrega teu coração ao caminho.  Coloca ele na frente e encontra a fé no que cê acredita. Deixa que o amor guie teu passo. Ouve, no silêncio aí de dentro, o que sua alma tem a dizer. E nunca, em hipótese alguma, desista: de sorrir, de confiar, de encontrar sua direção. Que a gente aprende com a alegria e com a dor, não tem jeito. E destino da gente é arisco, não cabe ao corpo controlar, mas cabe ao peito sossegar o pranto e ir em frente. Pensamento quieto, coração tranquilo, que as coisas se ajeitam. Uma hora ou outra, a gente toma forma de novo e volta a ser o que a gente era. Com um pouco mais de marca, um pouco mais de cicatriz, mas naquela certeza meio frágil de que a gente vai sempre até o lugar certo, quando entende que prece é canto,
que vem do silêncio do coração".

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