sexta-feira, 1 de julho de 2016
Meus abismos.
Hoje é sobre se desdobrar. A gente vai estando e se
virando e se desdobrando nessa dança de loucura lúcida, amor amargo, sorte
cheia de tombos, de vida com pequenas mortes... Ahh as pequenas mortes, pra
viver tem que nascer todo dia. Nascer é redescobrir, é se encher de esperança,
é estar cheio de energia, é ter interesse pelos outros, é ouvir alguém te
contar uma atrocidade que cometeu e antes de qualquer coisa dizer “mas calma,
me explica desde o começo". As expectativas só
querem pouso, basta encontrar um. Isso faz A minha vida mudar a cada dia. Nem
me preocupo mais quando dói, mergulho na dor e nado de braçada. Nado abraçada.
Eu abraço a minha dor. Porque sei que passa então o negócio é aproveitar e
extrair poesia dali. Dor bem vivida vira poesia. Nesse caso virou prosa. Os
abismos que me circundam tem dias que estão menores. São um alívio esses dias!
Mas não há como viver sem os outros. Os outros dias e as outras pessoas. Não
posso ficar cantarolando por ai a vida. A vida inteira. A minha vida inteira.
Os meus abismos eles me movem, os meus buracos me lançam pra onde preciso ir.
Para quantos encontros já fui lançada por eles. Um obrigada especial aos meus
abismos!
Júlia Portes
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