Eu me sinto sentada, angustiada, louca, esperando o
tsunami. Olho estatelada a TV e parece que estou dentro de um filme de ficção,
daqueles estranhos. O dia passa e os pensamentos vão navegando em águas agitadas
e vez ou outra me agarro a uma boia para permanecer na calmaria. Tive bastante
tempo de aprender mantras, orações, mandingas e encher meu coração de fé. Sigo
com eles abraçados ao meu espirito ainda que a mídia me coloque o tempo todo em
teste. Dai vem à voz da minha mãe: Não há mal que sempre dure.
O vento sopra e entra pelas frestas das portas e o
sol ilumina a janela do meu quarto fazendo brilhar meu santuário. Nem nos
momentos mais estranho eu esperava estar aqui para enxergar o dia em que a
Terra parou para reagir a todas as agressões humanas.
Já estamos tento um
novo tempo e um novo mundo e as manhãs de Outono estão mais luminosas.
Denise Portes
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