Tudo igual ao que acontece quando o filho vira
passarinho, um aperto de perceber que cresceu que fala outras línguas e que vai
encontrar outros mundos. Eu estava ali
transvestida de minha mãe, os olhos cheios de lágrimas o abraço que se
entrelaçava com o coração e as bênçãos iguais. Não é nada que mãe não conheça e nem tão
pequeno que quem não tem filhos saiba julgar, mas é uma estranha mistura do
vivido e do que se está vivendo. Como se os meus ensinamentos agora assimilados
fossem ser importante para o pássaro que vai alçar voo. E lá foi ela de fios de
cabelo cor de rosa, mochila nas costas, passaporte na mão e um mundo na cabeça
e no coração. Vai filha... Vai ser incrível, eu vou poder ver o que ainda não sei
através dos seus olhos, assim que você voltar.
Denise Portes
O que já foi dito: “ainda somos os mesmos e vivemos
como nossos pais”.
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