O que presenciei ontem pelas ruas de Copacabana foi muito
triste. Policiais com fuzis, granadas explodindo, tiros, helicópteros sobrevoando,
ruas vazias, o morro todo apagado, gente sendo presa e pessoas no meio da rua,
voltando para casa depois de um dia de trabalho. Mas muito pior do que relata a
imprensa é a angústia de quem vive dentro das comunidades. Eu fico dilacerada
quando penso nas pessoas de bem que vivem naquele local. A dor desta gente não
sai no jornal. E não adianta nenhum de nós fecharmos as portas e janelas, essa
dor já tomou conta do coração de cada um. Enquanto isso o Rio de Janeiro vai
sendo “maquiado” para realizar a Copa do mundo. Que Copa? Que mundo? Parafraseando o poeta; “existimos a que será
que se destina.”.
Denise Portes
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