A dor que corta meu peito que refaz caminhos já
feitos é a dor da minha desilusão e da minha solidão. Quando ela vem é como uma
avalanche que destrói todas as crenças e me enche de indiferenças por tudo já
vivido. Eu não gosto de mais ninguém e nem me interesso por nada, pois esse
sentimento esquisito me deixa sem rumo e sem voz, faz de mim um algoz dos meus
sonhos não vividos, dos caminhos floridos que escolhi para mim. A fragilidade é
assim, perdida com a minha alma eu busco refúgio por dentro, recolho cada
sentimento. São as lágrimas, o meu acalento para esse momento que vai desaguar
em mais uma transformação e fazer valer a pena renascer das cinzas, como fênix,
outra vez, mais uma vez.
Denise Portes
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