sexta-feira, 7 de março de 2014

Fenix

A dor que corta meu peito que refaz caminhos já feitos é a dor da minha desilusão e da minha solidão. Quando ela vem é como uma avalanche que destrói todas as crenças e me enche de indiferenças por tudo já vivido. Eu não gosto de mais ninguém e nem me interesso por nada, pois esse sentimento esquisito me deixa sem rumo e sem voz, faz de mim um algoz dos meus sonhos não vividos, dos caminhos floridos que escolhi para mim. A fragilidade é assim, perdida com a minha alma eu busco refúgio por dentro, recolho cada sentimento. São as lágrimas, o meu acalento para esse momento que vai desaguar em mais uma transformação e fazer valer a pena renascer das cinzas, como fênix, outra vez, mais uma vez.

Denise Portes

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