Denise Portes
Delírio das mentes dos poetas, dos profetas, dos vaga- lumes que brilham misteriosos dentro das nossas mentes, carentes de afeto e de entendimento. O delírio das bruxas, que voam alto no céu, enfeitando a lua. Das bruxas de coração e vassouras rápidas. Esses seres que deliram no som da madrugada, pelas teias da sensibilidade.
sexta-feira, 30 de junho de 2017
Pai e mãe.
Depois de quatro anos sem meu pai e um ano sem minha
mãe eu me aceitei órfã. Fui até a casa deles e embalei pacotes de uma partilha
que combinei com meus irmãos. Eram metros de saco bolha que embrulhavam
lembranças de uma vida feliz que compartilhamos. Entre sorrisos e lágrimas eu
já não sentia mais a presença deles naquela casa onde tantas vezes brindamos
aniversários e outras datas tão importantes. Quantas risadas, casos, visitas,
amigos, parentes, quantas fotos, músicas, quadros. As paredes parecem guardar a
memória de cada minuto de alegria. Vida que segue e saudade que eterniza, eu
acredito que o único consolo é saber que fomos muito felizes e sabíamos disso.
Denise Portes
Denise Portes
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